sexta-feira, 1 de junho de 2007

Vermelhos Assustados e Cinzas Calmas

Do exagero à doença
Do cigarro ao pó
e do pó do cigarro, fumaça.



Luzes refletidas no chão molhado da pequena cidade em junho.Cachecóis, luvas e cinzas. Descolorida de luzes fracas. Amedontra passos.Notícias. Silêncio e aroma. Vermelhos e cinzas. Sangue e fumaça.Do exagero a doença. Do cigarro ao pó. E do pó do cigarro, fumaça.

"Fumar causa câncer na laringe."


*obs: detesto cigarro.

Com açúcar, com afeto.

Minha foto
Foz do Iguaçu, PR, Brazil
O que há em mim é sobretudo cansaço - Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A sutileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém, Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço, Íssimo, íssimo, íssimo, Cansaço... Fernando Pessoa

Fiz seu doce predileto.