domingo, 8 de junho de 2008

Meu Grão de Amor

uma parte é só o acaso e não sorte
sem o nosso conforto
nada silencia e faz parar
os dias chegam mesmo sem paixão
toda sou o acaso e não sorte

"que você pega, esfrega, nega
mas não lava
quero brincar no teu corpo feito bailarina"

não sou mais nada
nem seu silêncio, nem sua saudade
eu quebrei as minhas asas
e os nossos lindos cachorrinhos
é uma estrela que você quer apagar
do meu desenho, uma luz

foi melhor do que eu sempre soube
meus olhos já não saem do mar
me diga como é que devo partir
"depois de tudo ainda ser feliz"
eu disse "just hold on to me
with you i wait to be born again"

Com açúcar, com afeto.

Minha foto
Foz do Iguaçu, PR, Brazil
O que há em mim é sobretudo cansaço - Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A sutileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém, Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço, Íssimo, íssimo, íssimo, Cansaço... Fernando Pessoa

Fiz seu doce predileto.