sexta-feira, 11 de maio de 2007

Cold, Cold Night

Se as vezes eu me canso das frases banais, dos dialogos fúteis, desculpe, querida.
Tem horas que não consigo evitar. Não preciso encher de palavras emboladas em outras sem sentido agora, se quiser minha visão sobre... ahm... eu mesma?
entenda como quiser, ai esta, no meu modo fácil de expor em palavras minhas dificuldades.
Esse é o momento em que meu coração se liga ao meu cérebro que se liga com a minha mão e eu solto imperfeições, solto minha paz, e meu desconforto cotidiano que aprendi a lidar.

Essa simplicidade dolorosa, vem e procura me possuir nos dias frios em que me sinto só.
Agora eu preferia mesmo era estar lavando meu rosto de lágrimas. Desfrutaria dos prazeres bem escondidos pelos cantos sem conseguir esquecer o cheiro que me arranha os sentidos.

Bom, as vezes eu acho que vou um dia me acostumar com amor junto a distância.
Quando estiver por lá, perto de quem tenho saudade no momento, vou sentir saudade de quem esta por aqui agora. Pensando assim, o que eu precisaria era de um dia de descanso, unir todos e me acomodar das dores por pouco. O ódio que a convivência inventa e traz, não permite.Nem sei mais sonhar com isso acontecendo de novo. Ainda bem que pelo menos em minha memória esses dias já existiram e não vão morrer nunca.

Eu sou uma garota que pertence a saudade, e ela me pertence também. Sim, sim.
A odeio e a tenho. Engulo palavras, pode até parecer orgulho, mas quem me conhece sabe bem... eu? orgulhosa? Penso que isso chega perto do impossível.
Poderia eu, tomada de minhas loucuras bem disfarçadas, deixar de me enxergar no espelho e continuar a ver meus amores lá.

O resto... eu guardo pros papéis que são só meus.
Assim como meus pensamentos dono dos mesmos.

Com açúcar, com afeto.

Minha foto
Foz do Iguaçu, PR, Brazil
O que há em mim é sobretudo cansaço - Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A sutileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém, Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço, Íssimo, íssimo, íssimo, Cansaço... Fernando Pessoa

Fiz seu doce predileto.