quarta-feira, 30 de maio de 2007

Breve Inocência


O delírio da frebe que arde lá dentro, não.
Não vou te contar. Enche de fantasia.
Enfeita.
Os contos, os anjos e as fadas...

Esquece, sonha e finge.
Se divirta com a dança das borboletas
das cores do arco-íris, girando.
vai girando,
mas não esquece de voltar.
Qualquer dia desses,
elas vão voar pra bem longe daí.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Enquanto as almas se confrangem

Veêm algo parecido com a lágrima de todos os vencidos
Vai brincando sem cessar com a grandeza de uma força viva
Monstros zombam...
E fingia apenas ter orgulho ainda maior
do que a maldade que envolve o planeta.

-Um desafio à eternidade!
Cansado dela toda, o palhaço solta um berro bárbaro.
(palmas!)


terça-feira, 22 de maio de 2007

Medos Secretos

Esquecer em alguns passos
Pensar nos fios acinzentados
brilhando no sol embaçado de um outono
Eu poderia esquecer ao teu lado.

Faz mais de uma semana
e você não sabe do antes e
nem do agora,
muito menos de um esperado depois.

Eu poderia esquecer detalhes
colados em minha memória ao teu lado
sem importância e com diversos medos.

Eu precisaria levantar meus erros
conhecer a força dentro de corpos não expostos em mim
crio tanto e imagino as cores.

Poderia, querida, aparecer em meus sonhos
essa noite outra vez?
Amanhã, depois, sem largar, por favor?

sábado, 12 de maio de 2007

CLOSER

desconhecia essa viagem pelo desconhecido. minha mente começa a trabalhar coisas jamais vistas, são sonhos, invento chuvas, invento cores, invento passos, compromissos, pra te ver mais perto. começo a enxergar mais, correr atrás. e como pode? posso pensar que agora estou ficando louca. posso também quase morrer ou me ferir o bastante pra chamar sua atenção novamente.
pra te ver sorrir, e retribuir.
meus ouvidos inventaram asas ontem, ouvi a voz que poderia ser a mais suja e feia mas hoje me soaria música. me soaria como adriana calcanhotto. como assim? meu nome? seu nome? não, não vou inventar. mas... aqui estou eu, esperando. posso dizer que estou feliz e daqui a pouco, muito pouco, estar chovendo por dentro.
beleza, admiro, te aproximo sem palavras. jogo-as no lixo, sei bem do que falo e penso.
quero juntar nossas mãos cruzadas, aperta-las como se fossem colar, correr em circulos, sentir o vento até cairmos. mais perto, mais, cada vez, mais.

"Eu chamo o seu apartamento, não mora ninguém com esse nome. Que linda a cantiga do vento, já passou. A gente quase não se vê"

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Cold, Cold Night

Se as vezes eu me canso das frases banais, dos dialogos fúteis, desculpe, querida.
Tem horas que não consigo evitar. Não preciso encher de palavras emboladas em outras sem sentido agora, se quiser minha visão sobre... ahm... eu mesma?
entenda como quiser, ai esta, no meu modo fácil de expor em palavras minhas dificuldades.
Esse é o momento em que meu coração se liga ao meu cérebro que se liga com a minha mão e eu solto imperfeições, solto minha paz, e meu desconforto cotidiano que aprendi a lidar.

Essa simplicidade dolorosa, vem e procura me possuir nos dias frios em que me sinto só.
Agora eu preferia mesmo era estar lavando meu rosto de lágrimas. Desfrutaria dos prazeres bem escondidos pelos cantos sem conseguir esquecer o cheiro que me arranha os sentidos.

Bom, as vezes eu acho que vou um dia me acostumar com amor junto a distância.
Quando estiver por lá, perto de quem tenho saudade no momento, vou sentir saudade de quem esta por aqui agora. Pensando assim, o que eu precisaria era de um dia de descanso, unir todos e me acomodar das dores por pouco. O ódio que a convivência inventa e traz, não permite.Nem sei mais sonhar com isso acontecendo de novo. Ainda bem que pelo menos em minha memória esses dias já existiram e não vão morrer nunca.

Eu sou uma garota que pertence a saudade, e ela me pertence também. Sim, sim.
A odeio e a tenho. Engulo palavras, pode até parecer orgulho, mas quem me conhece sabe bem... eu? orgulhosa? Penso que isso chega perto do impossível.
Poderia eu, tomada de minhas loucuras bem disfarçadas, deixar de me enxergar no espelho e continuar a ver meus amores lá.

O resto... eu guardo pros papéis que são só meus.
Assim como meus pensamentos dono dos mesmos.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Pouco Depois

Te vem um arrepio
Me vem a lágrima
Nos vem o abraço
sob o conforto de amar
presentear o sorriso

pra se ver renascer.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

De Novo o Velho


Desejo da doença, precisando do remédio com aquele mesmo gosto.
E com o gosto do sangue, o cheiro do café,
a pele enrugada depois da chuva.
Com a música que dança,
a roupa que não veste, o desejo insaciável,
e com as borboletas dando piruetas em meu estômago.
Assim amanhecendo o dia com o teu sorriso, tão meu.
Vem e me rasgam, me cantam e me arrastam...
Que eu vou e te guardo, te vivo e te busco.
No escuro vejo meu caminho sendo traçado torto
até ai em olhos ricos de beleza triste.
Juntando migalhas pobres de amor, novamente eu vou.

"Rapidamente como a armadilha para ratos O tempo desesperou a vítima. O dia perdeu-se na noite, Mas a noite não se perde no dia. Por que será?"

Com açúcar, com afeto.

Minha foto
Foz do Iguaçu, PR, Brazil
O que há em mim é sobretudo cansaço - Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A sutileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém, Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço, Íssimo, íssimo, íssimo, Cansaço... Fernando Pessoa

Fiz seu doce predileto.