sexta-feira, 6 de março de 2009

Everyday-


Resgata meu eu e o teu
Rasga as cartas de despedida
Me acorda todo dia como hoje
Traga teus braços
Sempre cheios de abraços
Te entrego os meus
Lava a cara de lágrimas
Crava esse amor em mim
Como a flor que nasce em minhas mãos
Pra te lembrar dessa delicadeza
Enquanto danço em teus olhos
Protege os meus
Enquanto canta em meus ouvidos
Protejo os teus
Enquanto colados nos amamos
Cuidando dos passos
Juntamos os nossos laços

Com açúcar, com afeto.

Minha foto
Foz do Iguaçu, PR, Brazil
O que há em mim é sobretudo cansaço - Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A sutileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém, Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço, Íssimo, íssimo, íssimo, Cansaço... Fernando Pessoa

Fiz seu doce predileto.