domingo, 8 de fevereiro de 2009

E outro uhm uhm.

Ai, como eu tenho insistido em rimas tolas. Enquanto o barulho do relógio chega a me perturbar, alguns remédios parecem não adiantar e a tosse fica cada vez pior. Desde quinta que o inchaço nos meus olhos está me incomodando. Uma puta gripe chata em uma menina chata que já não quer por um pé pra fora de casa. Serve pra melhorar meu jeito na cozinha, aumentar o número de filmes que eu já vi, ganhar um carinho extra da mãe, fumar um pouco menos, gastar menos dinheiro, pensar direitinho antes de qualquer cagada imensa que a gente volte a fazer, treinar a voz rouca a cantar melhor e principalmente, descansar muito pra um ano diferente. Sério, que saco. Amanhã eu vou andar de bicicleta nem que eu morra sufocada na primeira quadra.

Com açúcar, com afeto.

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Foz do Iguaçu, PR, Brazil
O que há em mim é sobretudo cansaço - Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A sutileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém, Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço, Íssimo, íssimo, íssimo, Cansaço... Fernando Pessoa

Fiz seu doce predileto.