quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Sonooooooo!

Besteira acreditar nessas mentiras. Mesmo a última poesia não se esquece de mim. Hoje eu vivo sem internet, o contrato é de pelo menos um ano. Não há como saber quanto tempo vai durar minha vida por aqui. Vida? Isso pode ser chamado de vida? Não foi essa concepção de viver que me passaram, nem quando criança, nem agora. Eu gosto da simplicidade, acontece que eu sou por natureza alguém exagerada. Puta merda, eu estou no curso errado. O legal disso tudo é que se talvez eu me formar como jornalista, eu não terei (provavelmente) que pagar o próximo show da Maria Rita ou sonhando mais alto, do Chico. Muito melhoria seria uma entrevista com eles. Eu não poderia ser eu. Teria que ser fria, manter o glamour dos jornalistas bem sucedidos. Eu lá penso em ser bem sucedida.

Ai, meus erros que me mantém acordada até as duas horas da manhã, muito preocupada, assistindo o programa do meu gordo predileto, quando no dia seguinte eu deveria acordar disposta para uma vida louca de informações recebidas e tentando passá-las da melhor maneira possível. E agora tô eu aqui, morrendo de sono. Na aula de editoração, coisa mais sem graça. Não sei como alguém pode escolher isso como profissão. Bom, o problema é que eu não quero planejar um jornal nesse momento. Nem escrever isso, mas fazer o que se minhas faltas estão me estrangulando?

Bláblabla. Vou para minha cidade. Lá as coisas são um pouco diferentes. Talvez seja a ilusão de ser tão maravilhoso por eu estar lá apenas uma vez por mês e isso me tornar bem recebida. Não que isso seja tão pouco. Da tudo errado quando eu tento mexer nessa página. Eu sou uma ameba mesmo. Mentira.

Bom, eu tô escrevendo um livro. Minha primeira tentativa. Tomara que pelo menos isso eu consiga terminar. Eu não consigo terminar nada na minha vida. Nem em questão de aprendizagem, como cursos, nem em relacionamentos. As coisas pra mim não acabam. Elas mudam. Eu não tive que lidar com a morte ainda. Talvez eu sofra mais do que o normal, pelo meu exagero, e principalmente pelo romantismo implantado na minha cabeça que não me deixa terminar minhas histórias.

Acabou a aula. :)

Com açúcar, com afeto.

Minha foto
Foz do Iguaçu, PR, Brazil
O que há em mim é sobretudo cansaço - Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A sutileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém, Essas coisas todas - Essas e o que falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço, Íssimo, íssimo, íssimo, Cansaço... Fernando Pessoa

Fiz seu doce predileto.